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O enunciado fílmico O Diabo Veste Prada: uma análise bakhtiniana do signo ideológico "diabo"
(Universidade Federal de Catalão, 2023-02-28) Vieira, Welliton Tavares; Stafuzza, Grenissa Bonvino; http://lattes.cnpq.br/0086982782870395; Stafuzza, Grenissa Bonvino; Villarta-Neder, Marco Antônio; Cristóvão, Assunção Aparecida Laia
Esta pesquisa se propõe a analisar o enunciado filmico O Diabo Veste Prada, sob a luz da teoria bakhtiniana e do Círculo, com o objetivo de compreender os sentidos produzidos pelo signo ideológico "diabo", dentro do contexto sócio-histórico-cultural do filme. Também objetivamos identificar os processos históricos, sociais, culturais e os discursos que constituem o enunciado filmico O Diabo veste Prada, interpretando as relações dialógicas que corroboram a arquitetônica do sujeito bakhtiniano na relação entre as personagens Andrea Sachs (Anne Hathaway) e Miranda Priestly (Meryl Streep), ilustrando a dinâmica do enunciado concreto sob o viés bakhtiniano. Para tanto, utilizamos o método sociológico de análise dos enunciados para identificarmos os sentidos de "diabo" produzidos no filme, como resposta aos outros sentidos ideológicos produzidos por esse signo ao longo da história, Desse modo, este estudo trabalha com uma abordagem dialógica e é de caráter analítico, descritivo e interpretativo. É analítico porque faz uso da perspectiva bakhtiniana para orientar a análise discursiva do enunciado filmico e o estudo do signo ideológico "diabo"; é descritivo porque realizamos a descrição da realidade social refletida e refratada pelo signo ideológico "diabo" através da personagem Miranda Priestly, em O Diabo veste Prada; é interpretativo porque conta com as leituras do pesquisador e seu posicionamento diante dos diálogos estabelecidos com o objeto de análise. Nesse sentido, abordamos as noções de signo ideológico, enunciado, tema, significação, diálogo, responsabilidade, sujeito e sentido (BAKHTΙΝ, 2019; ΒΑΚΗΤΙΝ, 2016; ΒΑΚΗΤΙΝ, 2011; ΒΑΚΗΤΙΝ, 2013; ΒΑΚΗΤΙΝ, 2010; ΒΑΚΗΤΙΝ, 2008; MEDVIEDEV, 2012; VOLOCHINOV, 2019; VOLOCHINOV, 2018). Também contamos com a contribuição de outros autores, filósofos e pesquisadores que nos ajudaram a compor o arcabouço teórico desta pesquisa. No que concerne à metodologia aplicada, optamos por trabalhar com a coleta de cenas, as quais denominamos de "capturas ou prints de tela". Foram noventa e oito cenas capturadas no total, das quais elencamos quarenta e nove para compor este trabalho. Ao descrever, interpretar e analisar as cenas coletadas, verificamos que as personagens Andrea Sachs e Miranda Priestly se inscrevem em uma relação dialógica que faz vir à tona o complexo de sentidos disposto na forma do signo ideológico "diabo". Neste caso, o sentido de "diabo" presente no corpus traz reminiscências da Idade Média, da Renascença, do lluminismo e da Estética Romântica; no entanto, é por meio do discurso capitalista da moda, mantido e operacionalizado por meio da vaidade, que ele se manifesta em O Diabo veste Prada.
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A abordagem da variação linguística em livros didáticos adotados nos anos finais do ensino fundamental nas escolas públicas de Catalão – Goiás com proposta de elaboração de jogo digital
(Universidade Federal de Catalão, 2023-02-03) Nascimento, Silvânia Aparecida Alvarenga; Gonçalves, Sheila de Carvalho Pereira; http://lattes.cnpq.br/7720196557038682; Gonçalves, Sheila de Carvalho Pereira; Almeida, Fabiola Aparecida Sartin Dutra Parreira; Nogueira, Sônia Maria
O léxico é formado pelo repertório vocabular dos falantes de uma língua natural. É por meio dele que podemos verificar, com maior evidência, as mudanças e variações ocorridas na língua. Assim, este trabalho consiste na investigação sobre a variação linguística, fenômeno presente em todas as línguas que se dá por diversos fatores, entre eles sociais e culturais. Temos por objetivo geral estudar a abordagem da variação linguística na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e nos livros didáticos adotados no Ensino Fundamental – Anos Finais, na cidade de Catalão – GO. Os objetivos específicos são: i) investigar as competências e habilidades da BNCC, específicas para os anos finais do Ensino Fundamental, referentes à variação linguística; ii) investigar de que maneira a variação linguística é trabalhada nos livros didáticos, considerando-os recursos didáticos indispensáveis ao ensino e aprendizagem da língua portuguesa; iii) realizar, por meio de pesquisa nos livros didáticos do 6o ao 9o ano do Ensino Fundamental, adotados nas escolas públicas da cidade de Catalão – GO, um levantamento das atividades que trabalham com a variação linguística; iv) analisar criticamente a variação linguística apresentada nos livros didáticos; v) produzir um jogo digital sobre a variação linguística para estimular a interação do aluno com os conhecimentos adquiridos na escola, para que o aluno possa ressignificar seus conhecimentos linguísticos. Nosso projeto está alicerçado nos fundamentos da Lexicologia e da Sociolinguística. Do ponto de vista metodológico, o estudo apresentado neste trabalho se configura como qualitativo de cunho documental e bibliográfico. Os corpora selecionados estão centrados nas seguintes coleções de livros didáticos: “Tecendo linguagens: língua portuguesa”, de Oliveira e Araújo (2018a, 2018b, 2018c, 2018d); “Se liga na língua: leitura, produção de texto e linguagem”, de Ormundo e Siniscalchi (2018a, 2018b, 2018c, 2018d), e “Geração alpha: língua portuguesa”, de Costa e Marchetti (2018), Costa, Nogueira e Marchetti (2018), Nogueira, Marchetti e Scopacasa (2018) e Nogueira, Marchetti e Cleto (2018). Vale esclarecer que essas obras foram analisadas e aprovadas pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) 2020 e são utilizadas nos anos finais do ensino público estadual da cidade de Catalão – GO. Como resultado da pesquisa, confirmamos nossa hipótese de que os livros didáticos não promovem o (re)conhecimento da variação linguística com atividades significativas que forneçam subsídios para a reflexão crítica dos usos reais da língua, de forma gradual e progressiva, em todas as etapas do Ensino Fundamental – Anos Finais. Com base em nossas E-mail: análises, a pesquisa aponta que, mesmo após a reformulação dos conteúdos para atender aos critérios estipulados pela BNCC, as coleções adquiridas pelo PNLD (2020) não exploraram o tema de modo a conduzir o educando a analisar, sistematizar e desenvolver um entendimento abrangente sobre a variação linguística.
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Práticas de retextualização por meio dos multiletramentos: do gênero conto à midia podcast
(Universidade Federal de Catalão, 2022-11-30) Oliveira, Lidineia Ferreira da Silva; Dias, Anair Valênia Martins; Dias, Anair Valênia Martins; Almeida, Fabiola Aparecida Sartin Dutra Parreira; Karvoski, Acir Mário
A partir da minha experiência como professora de Língua Portuguesa e disciplinas afins no Ensino Fundamental I e II por quase duas décadas, percebo que muitos alunos encerram este ciclo sem que tenham desenvolvido as principais habilidades no que concerne à escrita. Tal problema revela a necessidade de se promover mudanças em relação à prática de ensino da Língua Portuguesa. Nesse contexto, é possível ressignificar as práticas pedagógicas, elaborar atividades em um ambiente inovador, considerando a realidade de cada um e promover o desenvolvimento de suas potencialidades. Teóricos como Bakhtin (1992), Dell'Isola (2007) e Marcuschi (2010) trouxeram contribuições relevantes ao apresentarem teorias que consideram os textos como práticas sociais, por meio das quais os falantes/autores são vistos como agentes protagonistas em suas produções. Sob esse prisma, os textos se constituem como práticas sociais e não mais como mecanismos para trabalhar a gramática no contexto escolar. E é nesse contexto de ressignificação do ensino da leitura e escrita que esta pesquisa está ancorada. O principal objetivo deste trabalho é promover os multiletramentos a partir da produção de material didático para o ensino do gênero discursivo conto, em um processo de retextualização para o gênero discursivo da cultura digital podcast. Para isso, foi elaborada uma Sequência Didática com atividades que incluem leitura e análise de contos, audição de textos digitais, propostas de retextualização de conto clássico para conto contemporâneo e produção de podcasts, os quais poderão possibilitar aos discentes perceber-se enquanto sujeitos agentes no processo de aprendizagem. Destaco que esse material didático pode contribuir, de forma relevante, com professores de Língua Portuguesa a pensarem sobre como essas práticas podem aprimorar a leitura e escrita e promover a formação de sujeitos críticos e participativos.
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Constituição de identidades da mulher em livros didáticos de português do ensino médio
(Universidade Federal de Catalão, 2021-08-05) Silva, Érica Rogéria da; Borges, Guilherme Figueira; Borges, Guilherme Figueira; Stafuzza, Grenissa Bonvino; Brito, Cristiane Carvalho de Paula
Nesta pesquisa, partimos da perspectiva de que a prática escolar é historicamente construída e, além de produzir e transmitir conhecimentos, também (des)constrói e legitima identidades na história, em relação, por exemplo, aos papéis de gêneros instituídos para a mulher e para o homem na sociedade (BUTLER, 2003; LOURO, 2008; SCOOTT, 1995). Ademais, considera-se que essa construção implica determinadas relações de poder, inscritas nas mais diversas práticas e instrumentos usados pela instituição, como os livros didáticos (MARCUSHI E LEDO, 2015; MOITA LOPES, 2002). O objetivo geral consistiu em descrever e analisar o modo como são evidenciadas identidades de gênero em livros didáticos de português. Como objetivos específicos, buscamos verificar regularidades referentes à maneira como os manuais didáticos operam na representação de identidades de gênero e examinar quais relações de poder estão inscritas nessas práticas discursivas escolares. O corpus de análise foi constituído de livros didáticos adotados no 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio, pertencentes a diferentes coleções, sendo três exemplares para cada uma das três séries distintas. Foram analisados livros das três coleções mais adotadas em escolas públicas do estado de Minas Gerais, segundo dados da Secretaria Estadual de Educação. A nossa hipótese é a de que os livros didáticos de português recortam padrões de gênero para os corpos, delimitando identidades (im)possíveis para os sujeitos a partir de exercícios, textos e autores. Por um lado, levantamos a proposição de que regularidades e dispersões discursivas estruturam discursos sobre/para os corpos e que estão envoltos em redes de poder que determinam o que eles podem e devem fazer nas práticas sociais. E, por outro lado, considerou-se que a própria materialidade dos manuais comporta instâncias de resistência a partir do questionamento, por exemplo, dos comportamentos atribuídos às mulheres ao longo da história na sociedade brasileira. A análise dos dados foi realizada a partir do quadro teórico-metodológico da Análise do Discurso, mais especificamente dos postulados de Michel Foucault (1987; 1992), estabelecendo o exercício de descrição e análise dos enunciados, selecionados a partir dos objetivos propostos. Os resultados mostraram uma movência sistemática entre reconhecimento e conservadorismo, ambos referentes a condições sociais relacionadas à constituição de identidades das mulheres. No segundo capítulo, o traço de reconhecimento pode ser percebido com a presença de autoras e textos que tratam especificamente dessas referidas condições. Já o aspecto conservador, emerge de uma discrepância significativa entre a quantidade de autores e a de autoras de produções literárias. No terceiro capítulo, o reconhecimento dessas questões foi observado em um conjunto de materialidades linguistico-visuais em que são representadas práticas de resistência realizadas por personagens. A corroborar a referida movência de sentidos, nessas materialidades, sobressaem, também, representações de mulheres em situações e lugares socio-historicamente cristalizados.
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O Preconceito linguístico reforçado pelos estereótipos nordestinos em diferentes personagens midiáticos
(Universidade Federal de Catalão, 2023-02-24) Santos, Eduardo Antônio Borges dos; Gonçalves, Sheila de Carvalho Pereira; http://lattes.cnpq.br/7720196557038682; Gonçalves, Sheila de Carvalho Pereira; Silva, Cléber César da; Almeida, Fabiola Aparecida Sartin Dutra Parreira
O preconceito linguístico é uma realidade na nossa sociedade, ele julga, estereotipa e termina por excluir quem o sofre, e este ocorre até mesmo durante o processo de ensino e aprendizagem, logo, tendo ciência desta realidade, propor estudos, intervenções e pesquisas que possam nos ajudar a compreender e a combater esse sentimento é essencial para que busquemos harmonia e meios para que todos os falantes, em suas mais variadas formas de se expressar, encontrem o respeito que lhes é de direito, Buscando colaborar com essa problemática, temos como objetivo geral apresentar uma análise da incidência de personagens nordestinos em diferentes obras audiovisuais, veiculadas em TV aberta ao longo das duas últimas décadas, que foram construídos sob diferentes estereótipos, mostrando que muitas vezes essa realidade rompe o entretenimento e termina por servir de reforço e legitimação para diferentes tipos de preconceito, mais especificamente o preconceito linguístico. Dentro do percurso metodológico, esta é uma pesquisa exploratória e documental de cunho qualitativo, que se enquadra na grande área da Linguística, Letras e Artes, em que os aspectos da Língua são analisados dentro das contribuições da Sociolinguística e Dialetologia. O corpus é constituído por sete personagens que ilustram os tipos recorrentes de estereotipia que vem acometendo ao longo dos anos as obras midiáticas. Como suporte teórico para abordamos Língua, Linguagem, Fala e Sociolinguística temos: Câmara Jr. (1995); Sapir (1969); Saussure (2004); Benveniste (2005), Cunha e Cintra (1985); Lima (2003); Chaui (2006); Lavob (2008); Camacho (2004); Rajagopalan (2003); Bakhtin (1997), entre outros. Para Identidade e Cultura: Benveniste (2006b); Bosi (1992); Laraia (1986); Hall (2003, 2004); Durkheim (1912); Eagleton (2005); Silva (2000). Para variação linguística, preconceito linguistico e estereótipos temos: Bagno (1999, 2003, 2004, 2006, 2008, 2009, 2014); Allport (1954); Crochik (2006); Gadamer (1988); Bhabha (1998); Soares (2002); Koller (1954), entre outros. Para contextualização histórica da região Nordeste temos: Andrade (2011); Ab'Sáber (2007); Cavalcanti (1993); Bemardes (2007), entre outros. Para a história e a influência dos meios midiáticos na sociedade: Albuquerque Jr. (2011); Pinto (2002); Lurçat (1995); Bucci & Kehl (2004), Kellner (2001), entre outros. Como resultado da pesquisa, confirmamos nossa hipótese de que as obras midiáticas abordam os nordestinos de modo estereotipado e esta realidade reforça o preconceito linguistico sofrido por eles, além de repetirem de modo sistêmico os mesmo perfis degradantes e menos prestigiados, pela sociedade, na construção destes personagens. Para contribuir com a solução deste problema, construímos uma proposta de intervenção, por meio de uma sequência didática que aborda o tema e ajuda na reflexão da necessidade de se combater o preconceito linguistico.