O Preconceito linguístico reforçado pelos estereótipos nordestinos em diferentes personagens midiáticos
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Universidade Federal de Catalão
Resumo
O preconceito linguístico é uma realidade na nossa sociedade, ele julga, estereotipa e termina por excluir quem o sofre, e este ocorre até mesmo durante o processo de ensino e aprendizagem, logo, tendo ciência desta realidade, propor estudos, intervenções e pesquisas que possam nos ajudar a compreender e a combater esse sentimento é essencial para que busquemos harmonia e meios para que todos os falantes, em suas mais variadas formas de se expressar, encontrem o respeito que lhes é de direito, Buscando colaborar com essa problemática, temos como objetivo geral apresentar uma análise da incidência de personagens nordestinos em diferentes obras audiovisuais, veiculadas em TV aberta ao longo das duas últimas décadas, que foram construídos sob diferentes estereótipos, mostrando que muitas vezes essa realidade rompe o entretenimento e termina por servir de reforço e legitimação para diferentes tipos de preconceito, mais especificamente o preconceito linguístico. Dentro do percurso metodológico, esta é uma pesquisa exploratória e documental de cunho qualitativo, que se enquadra na grande área da Linguística, Letras e Artes, em que os aspectos da Língua são analisados dentro das contribuições da Sociolinguística e Dialetologia. O corpus é constituído por sete personagens que ilustram os tipos recorrentes de estereotipia que vem acometendo ao longo dos anos as obras midiáticas. Como suporte teórico para abordamos Língua, Linguagem, Fala e Sociolinguística temos: Câmara Jr. (1995); Sapir (1969); Saussure (2004); Benveniste (2005), Cunha e Cintra (1985); Lima (2003); Chaui (2006); Lavob (2008); Camacho (2004); Rajagopalan (2003); Bakhtin (1997), entre outros. Para Identidade e Cultura: Benveniste (2006b); Bosi (1992); Laraia (1986); Hall (2003, 2004); Durkheim (1912); Eagleton (2005); Silva (2000). Para variação linguística, preconceito linguistico e estereótipos temos: Bagno (1999, 2003, 2004, 2006, 2008, 2009, 2014); Allport (1954); Crochik (2006); Gadamer (1988); Bhabha (1998); Soares (2002); Koller (1954), entre outros. Para contextualização histórica da região Nordeste temos: Andrade (2011); Ab'Sáber (2007); Cavalcanti (1993); Bemardes (2007), entre outros. Para a história e a influência dos meios midiáticos na sociedade: Albuquerque Jr. (2011); Pinto (2002); Lurçat (1995); Bucci & Kehl (2004), Kellner (2001), entre outros. Como resultado da pesquisa, confirmamos nossa hipótese de que as obras midiáticas abordam os nordestinos de modo estereotipado e esta realidade reforça o preconceito linguistico sofrido por eles, além de repetirem de modo sistêmico os mesmo perfis degradantes e menos prestigiados, pela sociedade, na construção destes personagens. Para contribuir com a solução deste problema, construímos uma proposta de intervenção, por meio de uma sequência didática que aborda o tema e ajuda na reflexão da necessidade de se combater o preconceito linguistico.