Operações urbanas e reestruturação dos espaços públicos de lazer em Catalão (GO) de 2017 a 2023

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Universidade Federal de Catalão

Resumo

Esta pesquisa é construída em torno da análise da reprodução do espaço urbano enquanto condição, meio e produto da realização da sociedade capitalista, de modo que a proposta é analisar as operações urbanas enquanto um instrumento estatal de alteração urbana, utilizadas para adequar a cidade às novas necessidades alterando os espaços de uso coletivo, a forma urbana e a concepção do lazer, principalmente para a classe trabalhadora. A pesquisa foi desenvolvida através da análise de uma Operação Urbana que tem como alvo as praças públicas da cidade de Catalão (GO), as quais passaram por reformas que reproduzem espaços cenográficos com elementos diversos que criam uma natureza antropizada. Os espaços são voltados ao consumo, através do marketing urbano para promover figuras políticas e até mesmo a cidade, em busca de atrair novos investimentos. Os usos do cotidiano são negligenciados ao passo que são reproduzidos espaços estéticos, mas que são segregacionistas. Neste sentido, o objetivo geral da pesquisa é compreender a reprodução/renovação, o uso e a apropriação das praças na cidade de Catalão (GO), já os objetivos específicos são: compreender a reprodução espacial por meio da contradição do uso-troca; analisar a reestruturação das praças na cidade de Catalão (GO) enquanto a reprodução de uma lógica global das Operações Urbana; interpretar transformações ocorridas nas praças de Catalão (GO). Para isso escolheu-se uma metodologia dividida em partes, pautada no método histórico e dialético, com a primeira fase sendo o estudo de literatura em torno da temática direito à cidade, e reprodução urbana, em autores/as como Lefebvre (1991), Carlos (2007; 2014; 2017) Corrêa (1994), Harvey (2014) e outros/as; a segunda etapa levantando dados secundários, seguida de trabalhos de campo com catalogação das praças, por fim a análise e síntese destes dados. É visível que o espaço urbano é reestruturado para oferecer melhores condições ao acúmulo de capital e com isso a vida é colocada a serviço da produção, mas no cotidiano grupos os quais vivem à margem criam estratégias para ressignificar estes espaços e atender suas reais necessidades. De modo que o lazer passa a ser um momento de consumo e as praças locais consumíveis, com isso, o cotidiano passa a ser controlado, as pessoas segregadas das praças buscam construir estratégias usos e apropriações, buscando romper com o controle de sua vida causado pela submissão das esferas sociais ao sistema capitalista.

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