Formação continuada de professores e docência inclusiva
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Universidade Federal de Catalão
Resumo
Ao discutir sobre a inclusão de alunos com deficiência dentro da sala de aula regular, quando os processos de inclusão estão legalizados, tem-se a impressão de que os desafios estão solucionados, porém, a realidade é outra, pois são inúmeros os entraves encontrados para a implementação de uma educação de qualidade que atenda a todos os estudantes, nesse sentido, escutar os professores sobre como está acontecendo esse processo é muito importante. Com base nesse pressuposto, a problemática deste estudo está ligada à necessidade de analisar, dentro do contexto de educação escolar inclusiva, o que tem sido problematizado pelos docentes participantes de um curso de formação continuada. A pesquisa surgiu mediante um Projeto de Extensão ofertado pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Catalão (UFCAT) aos profissionais da educação da rede municipal de educação de Goiandira, Goiás, oportunizando aos docentes estudos, partilhas e construção de conhecimentos sobre inclusão escolar. O Projeto “Formação Continuada de Professores e Docência Inclusiva” tem como objetivo geral analisar as percepções dos professores participantes do curso de formação continuada sobre o processo de inclusão escolar. A pesquisa em questão é de abordagem qualitativa e coloca a pesquisa-ação participativa como caminho para a construção de dados. Durante o projeto de extensão, realizou-se seis encontros formativos presenciais, com temas específicos definidos pelos próprios participantes, e aplicação de questionários com perguntas abertas para que os professores pudessem expressar suas experiências, seus desafios e as estratégias vividas em relação a cada tema discutido. Os resultados mostram que um dos maiores desafios enfrentados é a falta de formação adequada para trabalharem com os estudantes dentro do Plano de Atendimento de Educacional Especializado (PAEE). Além da formação continuada, outros desafios enfrentados são: ausência de políticas públicas eficientes, estrutura física inadequada e falta de materiais didáticos e pedagógicos específicos para trabalharem com os estudantes público-alvo da educação especial. Notamos, nas verbalizações dos professores, que são várias as estratégias construídas de maneira a atender as necessidades dos estudantes com deficiência e que possuem algum tipo de transtorno, como o planejamento educacional individualizado e a adaptação curricular. Vê-se, portanto, que é preciso criar estratégias e ferramentas para superar o desafio de educar e garantir o pleno desenvolvimento educacional, para que todos os estudantes, independentemente de serem ou não deficientes, possam atingir um nível adequado de aprendizagem.