Fragmentos (auto)biográficos e formação na arte contemporânea

Carregando...
Imagem de Miniatura

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Federal de Catalão

Resumo

Este estudo tem como tema elementos autobiográficos em duas obras de arte contemporânea de Adriana Varejão e Rosana Paulino. Interessa-nos os fragmentos narrativos que evocam a escrita de si por meio da obra de arte. Assim, o objetivo é realizar uma leitura dos processos de autonarrar, escrita de si e heterobiografização que envolvem o diálogo entre obras de arte da artista citadas, o mundo e novas perspectivas para se pensar a (auto)biografia. A pesquisa é atravessada por duas linhas verticais. A primeira consiste na complexidade que atravessa a relação entre (auto)biografia, processos formativos. A segunda linha baseia-se nos movimentos e resquícios e intimidade, de autobiografia que constituem as obras de arte de algumas mulheres artistas contemporâneas brasileiras, assim como as críticas coletivas e sociais que a partir delas se pode evocar. Assim, a pesquisa baseia-se na tríade, aqui inseparável, entre Arte, Educação e (Auto)biografia, numa leitura dos processos de autonarrar e a escrita de si. Enquanto narrativas, as obras aqui tratadas são formas de construir sentidos a experiência vivida, individual e coletiva. O ponto de partida para pensarmos as contribuições da abordagem que aqui nos servimos envereda-se por compreender os processos de formação nos vãos das cenas narrativas (Delory-Momberger, 2008; Passeggi 2014; Marinas, 2007), bem como as contribuições de Roland Barthes (2015) acerca dos conceitos de Punctum e Studium. Em sua dimensão produtora de sentidos, a narrativa anuncia os movimentos de formação do humano em sua singularidade e, ao mesmo tempo, expressão social. Trata-se, pois, dos contágios entre arte e vida, na qual podemos incluir as práticas pedagógicas e a própria produção de conhecimento. A produção de uma escrita de si fornece, em sua materialidade, não apenas objeto de pesquisa, mas se constitui um corpo só, o texto e o domínio do pensamento do leitor e analista. Trata-se da invenção de novos focos que bifurcam a existência, novas formas de afirmar a vida.

Descrição

Citação

Avaliação

Revisão

Suplementado Por

Referenciado Por