Suicídio como questão: estratégias de enfrentamento em um município de pequeno porte do centro oeste do Brasil
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Universidade Federal de Catalão
Resumo
O presente estudo busca investigar os fatores multidimensionais que envolvem o aumento do indice de comportamento suicida e suicidio em uma pequena cidade do interior do estado de Goiás, a partir do ano de 2020. Ele tem como objetivo desenvolver estratégias de gestão pública que corrobore para a execução do trabalho multidisciplinar e intersetorial de promoção de saúde mental e prevenção de comportamento suicida no município. Para tanto, a pesquisa foi desenvolvida através da elaboração de três artigos. O primeiro e o segundo artigo referem-se a produções de revisão narrativa, de modo que um discorre sobre as práticas atuais de saúde para prevenção de suicidio no Brasil, por meio da qual buscou-se compreender a realidade do território nacional; e o segundo discorre sobre o papel do estado na construção e implementação de uma política pública para prevenção do suicídio no Brasil, identificando potencialidades e fragilidades que deram sustentação ao comparar os dados coletados. De tal maneira, o terceiro artigo corresponde a apresentação dos resultados de uma pesquisa aplicada, que contempla a possibilidade de implementação da Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicidio e a capacidade de ampliação das práticas de gestão para viabilizar o desenvolvimento de políticas públicas para a promoção de saúde mental e prevenção ao suicídio no território selecionado. Para alcançar tal objetivo, utilizou-se como recurso metodológico a pesquisa-ação, com desenvolvimento de rodas de reflexão coletiva embasadas no método Paideia. No percurso desenhou-se as fragilidades e potencialidades existente para tal finalidade, destacando entre as dificuldades a existência de tabus e estigmas relacionados a temática suicidio, o despreparго profissional para intervenções nessas demandas, a desconsideração dos determinantes sociais como influente nos aspectos de saúde mental, a falta de investimento público, a supremacia do contexto neoliberal sob lógica dos cuidados em saúde mental e promoção social. Entre os aspectos positivos para a implementação de uma política de prevenção ao suicidio sobressai a funcionalidade dos serviços de atenção primária a saúde e de proteção social básica e especial. Conclui-se como pertinentes direcionamentos de gestão que garantam a melhoria da qualidade de trabalho, com valorização dos profissionais, adequação do quantitativo de mão de obra necessária, permitindo a contratação de ao menos um médico psiquiatra e um coordenador de saúde mental; ações de educação permanente e serviços de cuidados a saúde mental dos profissionais.