Soja no sudeste goiano: logística e produtividade
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Universidade Federal de Catalão
Resumo
A expansão da cadeia produtiva da soja contribui para o agronegócio e, consequentemente, para o crescimento e desenvolvimento dos municípios brasileiros, especialmente o Sudeste Goiano. Este estudo busca responder à seguinte pergunta: de que forma fatores logísticos se relacionam à produtividade da soja no Sudeste Goiano? Para responder essa pergunta foram traçados os seguintes objetivos: caracterizar, analisar e discutir fatores logísticos, que podem estar relacionados à produtividade da soja no Sudeste Goiano. O método proposto foi uma pesquisa aplicada com a abordagem qualitativa descritiva, por meio da caracterização, descrição dos fatores relacionados à produtividade e à logística de transporte e armazenagem da cadeia produtiva da soja, delimitada no período de 2008 a 2023. A coleta de dados se deu por meio de fontes secundárias, obtidas nos portais eletrônicos da Conab; CNT; IBGE; IMB; MAPA; USDA; e USP/ESALQ, os quais foram analisados com o método comparativo, de forma descritiva, com comparações de dados ao longo dos anos, entre as regiões de planejamento e municípios do Estado de Goiás. Os resultados demonstraram que o Sudeste Goiano é caracterizado por 22 municípios que possuem, no máximo, 114 mil habitantes, apresentam alto índice de desenvolvimento humano e consideráveis índices de desempenho econômico, como a produção da commodity soja, com aproximadamente 2.210.000 toneladas, em uma área próxima a 580.000 hectares, e um rendimento aproximado de 3,8 toneladas por hectare. Essa produtividade é próxima à média da produtividade da soja no Brasil. Os resultados apontaram gargalos na infraestrutura logística de armazenagem, pois a capacidade estática de armazenagem de 2.223.341 toneladas não acompanha o ritmo da produção de soja, com taxa média anual de crescimento de 6,2%. Na logística de transporte rodoviário, as perdas de grãos representaram acima de 40% do total das perdas. Nas atividades de “armazenagem externa à fazenda”, ocorrem entre 20% e 30% do total das perdas, o que pode interferir no volume de produção e na produtividade. Além disso, evidenciou-se que as menores perdas de grãos ocorrem no modal ferroviário e as maiores ocorrem no modal rodoviário. Para novos estudos, sugere-se a exploração qualitativa e quantitativa com relação à produtividade, à logística e outros fatores, que dão dinâmica à cadeia produtiva do complexo soja, em municípios e regiões de planejamento do Estado de Goiás com potencial de produção e produtividade de soja, que ainda não contam com estudos científicos com essas características. Com este estudo, foi possível responder à questão norteadora, por meio da caracterização do Sudeste Goiano, pelo desenvolvimento humano e desempenho econômico em função da produtividade de soja, que refletem na necessidade de melhorias em infraestrutura logística, principalmente de armazenagem e transporte da commodity soja.