Mapeamento da cultura e aprendizagem organizacionais em uma empresa do ramo de mineração e fertilizantes

Abstract

No cenário dinâmico e complexo que as organizações estão imersas, um grande desafio é ter uma nova forma de gerir a aprendizagem organizacional, possibilitando um aprimoramento da educação empresarial no ramo de atuação, é fundamental também investigar os valores e práticas referente a cultura da empresa. O objetivo deste estudo é verificar se a cultura organizacional influencia nos processos de aprendizagem. A pesquisa foi realizada em uma empresa do ramo de mineração e fertilizantes. A natureza do estudo é descritiva e a pesquisa é transversal. Foi realizado um estudo de caso com abordagem mista, através da utilização de método quantitativo, com a aplicação dos instrumentos IBACO (Instrumento Brasileiro de Cultura Organizacional) e QCAO (Avaliação de Cultura de Aprendizagem na Organização), aos líderes e demais empregados do setor selecionado. Os dados foram processados, através do Software de estatística SPSS, na versão 26. O método qualitativo também foi utilizado, mediante entrevistas estruturadas com líderes do setor selecionado e da área de Recursos Humanos. A pesquisa tem 47 participantes. O resultado da pesquisa evidencia que a cultura organizacional exerce influência nos processos de aprendizagem da empresa, no setor estudado. Os fatores da cultura organizacional que apresentam maiores médias foram a integração externa, cujo foco está no cliente; o profissionalismo cooperativo, em que os profissionais se apoiam para atingir os resultados; e uma liderança que não é centralizadora, mas aberta ao diálogo. De acordo com o resultado do IBACO, recomenda-se que a empresa enfoque na promoção do relacionamento interpessoal dos profissionais. O fator do QCAO que apresentou maior resultado foi utilização estratégica da aprendizagem pela liderança, na qual os líderes valorizam e compartilham a aprendizagem. Observou-se que vários elementos da cultura organizacional impulsionam a aprendizagem, como: um bom ambiente; a colaboração e parceria que existe entre os profissionais; uma liderança não centralizada; os mecanismos de aprendizagem, como políticas, integrações e reuniões periódicas; as recompensas por inovações; e os benefícios.