Experiência acadêmica de jovens negras (os) cotistas na Universidade Federal de Goiás - Regional Catalão

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Universidade Federal de Catalão

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Esta pesquisa foi desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Catalão (UFCAT) e se insere na linha de pesquisa Leitura, Educação e Ensino de Língua Materna e Ciências da Natureza. Esta dissertação buscou analisar as experiências acadêmicas de jovens negras (os) cotistas ingressantes no ano de 2018 em cursos de licenciatura da Universidade Federal de Goiás- Regional Catalão (UFG-RC). Para tanto, partimos de uma discussão sobre as políticas públicas no Brasil, buscando compreender a criação e a implantação das políticas de ações afirmativas no ensino superior. Situamos os sujeitos da pesquisa, a partir de uma análise sobre condição da juventude negra no Brasil contemporâneo e no contexto universitário e, por fim, prosseguimos com a análise dos dados. A pesquisa, de cunho qualitativo, foi desenvolvida por meio de entrevistas semiestruturadas com quatro jovens negras (os) cotistas, ingressantes no ano de 2018. A escolha dos sujeitos se deu levando-se em consideração a diversidade de gênero, origem territorial e o tempo de conclusão do ensino médio, por compreender que tais aspectos são importantes para a experiências no ensino superior. O aporte teórico-conceitual ancora-se em estudos de Frantz Fanon (2008), Achille Mbembe (2016), Silvio Almeida (2019), Neuza Santos Souza (1986), Sueli Carneiro (2005), Santos (2018), Cardoso (2020), Nilma Lino Gomes (2005; 2011), Juarez Dayrell (2003), Sales Augusto dos Santos (2007), Boaventura de Souza Santos (1995), entre outros autores (as) que fundamentam e sustentam teoricamente esta análise. Os dados evidenciam que as quatro jovens negras (os) cotistas viam a universidade pública como algo distante de ser alcançado, dada a realidade socioeconômica e cultural que vivenciavam. O primeiro contato com a universidade foi marcado pelo medo e o estranhamento por estarem em um lugar diferente do que eles haviam conhecido até ali, o que demandou um tempo para se adaptarem. Os jovens apontam dificuldades relacionadas à cultura acadêmica, sobretudo, em aspectos como a linguagem acadêmica, as formas de avaliação, a dinâmica das aulas, mas também dificuldades de ordem financeira, além de dificuldades para conciliar as demandas do estudo com o trabalho e a família. Diante disso, os jovens apontaram alguns suportes e estratégias que contribuíram para re(existência) na universidade, sendo a família, as bolsas estudantis, a rede de amigos e os coletivos negros suportes essenciais que contribuíram na experiência acadêmica e na permanência na UFG-RC.

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