Análise do desempenho de argamassas produzidas com cinzas de biomassa em diferentes períodos de estocagem

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Universidade Federal de Catalão

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A aplicação de resíduos agroindustriais, como as cinzas da casca de arroz (CCA), as cinzas do cavaco de eucalipto (CCE) e as cinzas do bagaço da cana-de-açúcar (CBCA), em produtos cimentícios, melhora a gestão, reduz o volume e contribui com disposição final destes materiais descartados no meio ambiente. Assim sendo, para que esses resíduos sejam inseridos e absorvidos na construção civil, faz-se necessária a avaliação dos requisitos de desempenho químico, físico e mecânico, validando-os como materiais cimentícios suplementares (MCS). Para tanto, visando a utilização dessas cinzas de biomassa em substituição parcial do cimento Portland em argamassas modificadas, foram produzidos três traços Tmín, Tméd e Tmáx, utilizando respectivamente os blends de cinzas de biomassa, Cmín, Cméd e Cmáx, e para fins comparativos, foi produzido um traço referência (Tref) isento de substituições. Preliminarmente foram realizadas as caracterizações das cinzas e blends de biomassa através dos ensaios de composição granulométrica, finura, umidade, perda ao fogo, densidade de partículas e índice de atividade pozolânica Chapelle. Além disso, foi determinada a quantidade de água necessária para a obtenção das pastas de consistência normal e o intervalo de tempo de pega para cada uma das pastas cimentícias modificadas com os blends de biomassa. Objetivando analisar a influência da incorporação dos blends nas argamassas modificadas, foram avaliados aos 7, 14, 28 e 56 dias de cura a resistência à tração na flexão e a resistência à compressão simples. Ainda, no estado endurecido, foi determinada a absorção de água por capilaridade aos 28 dias. Os resultados apontaram que o traço da argamassa modificada Tméd pode ser escolhido como traço ideal para o desenvolvimento de uma argamassa ecoeficiente. Por fim, validou-se o tempo de estocagem do traço ideal da argamassa modificada, que substitui em 26,75% o cimento Portland por cinzas de biomassa. Para tanto, o desempenho da argamassa foi analisado através da dosagem e moldagem dos corpos de prova a cada 30 dias, executando os ensaios de flow table, resistência à compressão simples, resistência à tração na flexão, variação dimensional, resistência na aderência à tração, permeabilidade e a microscopia eletrônica de varredura. O traço ideal apresentou um bom desempenho até os 60 dias de estocagem, porém aos 90 dias de estocagem, tanto a argamassa referência, quanto a argamassa modificada, tiveram suas propriedades comprometidas.

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