“A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte...”: projetos de extensão universitária na UFG-RC/UFCAT (2017-2020)

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2021-06-15

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No Brasil as atividades de extensão universitária tiveram início entre os anos de 1911 e 1917, quase cem anos após as primeiras universidades serem criadas, mas são até hoje o elemento mais desvalorizado no tripé ensino, pesquisa e extensão que sustenta essa instituição. A Universidade Federal de Catalão nasce na década de 1980 ainda como campus da Universidade Federal de Goiás (tendo a extensão como atividade prioritária) e vem desde então buscando a consolidação dessa atividade. Mais recentemente, sobretudo devido a democratização do ensino superior, esse tema tem ganhado força nos debates com destaque para a questão da curricularização da extensão que pauta a obrigatoriedade da extensão nas trajetórias formativas dos discentes. O histórico da extensão e o cenário atual na Universidade Federal de Catalão foram cruciais para realização de uma pesquisa de mestrado estruturada a partir da questão: -Como se configura a extensão universitária na UFG-RC, atual Universidade Federal de Catalão, a partir dos projetos desenvolvidos entre os anos de 2017 e 2020? Logo, o objetivo geral definido foi o de analisar os projetos de extensão universitária na UFG-RC/UFCAT de 2017 a 2020. Como objetivos específicos buscamos: a) compreender a universidade pública brasileira e nela a extensão universitária; b) produzir um panorama dos projetos de extensão na UFG-RC/UFCAT cadastrados entre os anos de 2017 e 2020 e c)analisar os objetivos e as metodologias descritos nas fichas de cadastrais dos projetos de extensão universitária na UFG-RC/UFCAT entre 2017-2020. Metodologicamente, a pesquisa é documental e descritiva e tendo como corpus de dados aquilo que se estruturou com base nos seguintes documentos: 1) planilhas do Excel com as ações via SIEC; 2) a relação de bolsas concedidas do Programa de Bolsas de Extensão e Cultura (PROBEC) e do Programa de Voluntariado de Extensão e Cultura (PROVEC) de 2016 a 2020 e 3) as fichas de inscrição dos projetos cadastrados no SIGAA, entre janeiro de 2017 a julho de 2020 (totalizando 163 projetos). A análise desse material, guiada pelo referencial teórico relativo ao tema principalmente a legislação atual revelou que está em curso uma profunda transformação da universidade que se afasta da ideia de “Torre de marfim” elitista e encastelada e se aproxima de uma “Torre de Babel” com sua polifonia e pluralidade e que esse processo influencia positivamente a extensão universitária nela produzida que vai paulatinamente ganhando solidez. Nesse sentido é que a interdisciplinaridade e a dialogicidade vão ganhando espaço nos projetos realizados o que corrobora com o cumprimento das expectativas do Plano Nacional de Extensão Universitária. Contudo, persiste a realização de projetos de extensão alicerçados em uma extensão assistencialista ou como complemento do ensino e-ou da pesquisa o que foi notado em objetivos e metodologias típicos dessa visão. São projetos que apesar de congregarem os vários sujeitos da comunidade universitária (professores, alunos e técnicos) pouco se espraiam para fora dos muros da universidade. Conclui-se que é preciso refletir e debater de modo ampliado sobre a importância e o papel da extensão na UFCAT para que em tempos tão retrógrados a universidade não volte a se encastelar.

Descrição

Palavras-chave

educação, políticas educacionais, extensão universitária, UFCAT

Citação

OLIVEIRA, Amanda Graziela de. “A GENTE NÃO QUER SÓ COMIDA, A GENTE QUER COMIDA, DIVERSÃO E ARTE...”: projetos de extensão universitária na ufg-rc/ufcat (2017-2020). 2021. 62 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Programa de Pós-Graduação em Educação, Unidade Acadêmica Especial de Educação, Universidade Federal de Catalão, Catalão (GO), 2021.