Navegando pelo Livro Interativo Digital

Abstract

A história do livro possibilitou compreender que os livros não somente evoluíram para outros formatos, mas também compreender a possibilidade da coexistência de suportes e formatos, bem como o surgimento de inovações ao longo dos séculos, configurando, assim, a diversidade existente para atender aos diferentes tipos de leitores. Desse modo, é relevante refletir sobre a diversidade de tipos de livros que atendem a essa multiplicidade de leitores, e aqui se propôs o recorte investigativo acerca dos livros interativos digitais e dos seus possíveis leitores. A pesquisa foi desenvolvida na Universidade Federal de Goiás/ Universidade Federal de Catalão em implantação, dentro do Programa de Pós-graduação em Educação e discutido dentro do Grupo de Pesquisa Educação e Leitura, e objetivou analisar recursos disponíveis em cinco livros interativos digitais e como eles podem potencializar a formação de possíveis leitores. Por objetivos específicos: contextualizar a transformação dos suportes até o livro interativo digital; descrever e analisar cinco livros interativos digitais; debater um possível perfil de leitor do livro interativo digital com base nos recursos desse livro. Assim, como são abordados os recursos disponíveis em cinco livros interativos digitais e como podem potencializar a formação de possíveis leitores? A metodologia usada foi de abordagem qualitativa, de natureza básica, exploratória e teve por procedimentos uma análise bibliográfica e documental, utilizando-se de autores como Roger Chartier, Wilson Martins, Pierre Levy e Lucia Santaella para a discussão. Resulta na análise de cinco livros interativos digitais, sendo eles Dear Diary, Dead City, Duskwood, Dear Mona e Life is Strange, sob as categorias de análise: multimídia, formas textuais, interatividade, gamificação e organização do conteúdo. Concluiu-se que os recursos são utilizados diversamente e apresentam muitas possibilidades que contribuíram para enriquecer o livro interativo digital e que a estrutura composta, desde a multimídia à organização do conteúdo, apontam os leitores imersivos, dentre eles os jovens como um possível leitor, pois são propensos a serem leitores imersivos, justamente por nascerem em um contexto e em uma sociedade com mais influência digitais, permitindo que adquirissem habilidades próprias para utilização desses recursos e gosto por essas inovações, também por serem leitores que programam sua leitura em local com pluralidade de signos, não seguindo uma sequência linear.