O aprender sob o enfoque da filosofia da diferença: um estudo a partir de pesquisas educacionais brasileiras

Carregando...
Imagem de Miniatura

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Federal de Catalão

Resumo

Esta pesquisa foi desenvolvida a partir da problemática de como pesquisas com o enfoque no aprendizado/aprender, orientadas pela filosofia da diferença de Gilles Deleuze, em formato de teses em Educação, abordam e se caracterizam em relação às formulações acerca do aprender da diferença. No decorrer da pesquisa também se incluiu a problemática de como se localizam geograficamente e filosoficamente. Esse estudo objetivou investigar teses acadêmicas brasileiras que tomam como objeto de investigação o conceito de aprender segundo referencial filosófico em Gilles Deleuze e em sua filosofia da diferença. Os objetivos específicos foram os de investigar como as teses se caracterizavam em relação às formulações acerca do aprender, bem como se localizavam geograficamente e filosoficamente; bem como explorar o modo como as teses abordaram a aprendizagem, o aprender e a educação brasileira e analisar nas teses as concepções do conceito aprender enquanto produções e enquanto deslocamentos da filosofia de Gilles Deleuze. A metodologia adotada foi de caráter bibliográfica e conceitual, sendo as teses levantadas através dos repositórios Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD-IBICT) e no Catálogo de Teses & Dissertações – CAPES, entre abril e julho de 2019. Esse levantamento se deu pela justificativa da constatação inicial da existência de poucos trabalhos que se debruçam no tema aprender relacionado às concepções do filósofo Gilles Deleuze. Dessa forma foram eleitas quatro (4) teses através de critérios pré-estabelecidos. O tema dessa dissertação foi escolhido por ter relação com conceito amplamente já discutido nas áreas de Psicologia e Pedagogia, trazido em novo viés, o de desconstrução, criatividade e produção da diferença. Dentre os resultados desta pesquisa destacou-se o caráter recente dessas discussões, indicou para algumas regiões polos dessa produção acadêmica no Brasil, bem como a diversidade de áreas dos pesquisadores que discutem o tema, mostrando-se transversal e múltiplo. Dentro das discussões podemos destacar as reversões realizadas por este campo da diferença nas noções de racionalidade oriundas do que se chamou de Filosofia da Representação. Entre os mais significativos deslocamentos realizados pelos/as pesquisadores/as brasileiros da Filosofia da Diferença, se destacou o redirecionamento do conceito filosófico do aprender para a discussão na educação brasileira, bem como para novos horizontes junto a algumas teorias amplamente discutidas na educação. A noção de aprender foi concebida nas teses em relação ao pensar, rompendo a relação entre saber e aprendizagem, estabelecendo, de outro modo, a passagem de um saber para um não-saber da diferença. Os/as pesquisadores/as das teses, cada um a seu modo, levantaram a problematização da normatização da aprendizagem e de concepções que pré-definiriam tipos de sujeitos da aprendizagem, além de também problematizar a ideia de método ou metodologias que suporia que os sujeitos seriam sempre os mesmos, noções estas oriundas da norma e da moral. Estas concepções prescritivas buscariam reafirmar nos sujeitos as expectativas da escola e de uma sociedade. Apontando para uma superação dessas normatizações e modelos, as teses lançam mão de concepção de aprender, com diferentes nuances, apontando-o enquanto pensar e enquanto busca inquietante através de signos, de problemas, no empírico, em produção. Pode-se apontar que estas recentes produções junto à filosofia da diferença trazem para solo brasileiro a discussão da diferença em intersecção com os processos escolares formais, na busca de transver a identidade neles postas, apontando para práticas em produção e em problematização.

Descrição

Citação

Avaliação

Revisão

Suplementado Por

Referenciado Por