Responsabilidade social no judiciário goiano e seus reflexos institucionais
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Universidade Federal de Catalão
Resumo
Investiga o surgimento da responsabilidade social no âmbito do Poder Judiciário destacando os reflexos institucionais ocorridos junto ao Tribunal de Justiça de Goiás. Objetivo - Analisar as mudanças gerenciais, estratégicas e culturais ocorridas no Judiciário Goiano em busca de fatos que demonstrem novas posturas organizacionais referente à responsabilidade social. Utilização de método empírico qualitativo, com abordagem dedutiva e multidisciplinar em estudo de caso único e longetudinal, com abrangência de período histórico cultural do Poder Judiciário durante a criação do Conselho Nacional de Justiça, evidenciando este contexto macro no cenário Estadual de estruturação organizacional do Tribunal de Justiça de Goiás, através análise documental dos planos de gestão estratégica de 2005 a 2021, com foco nas políticas públicas e ações gerenciais adotadas pela instituição. Resultados – os primeiros planos gestores invocam valores como “Humanizar a Justiça” o que evidenciou a utilização da Escola Humanista para a construção de sua estrutura inicial atendendo aos critérios do CNJ, o investimento material, tecnológico e a ampliação de seu organograma possibilitou a aplicação da teoria do pensamento complexo ao robustecer ramificações importantes ao crescimento institucional. A cobrança por produtividade, a busca por destaque nacional, juntamente com a visão para a sustentabilidade e papel social diante o planeta, enquadra as propostas de gestão recente (2021) na teoria da empresarização que iguala interesses do campo corporativo privado ao público, exceto pela ausência do ímpeto mercadológico. Conclusão – Os dados revalam que o surgimento do CNJ, somado ao contexto sóciocultural e político de redemocratização possibilitaram ao Judiciário Goiano buscar por uma identidade eficiente e ilibada, recorrendo a recursos estratégicos que possibilitassem o rompimento com o coronelismo e incidivos cenários de corrupção local, fazendo com que a busca pela ética e acesso a justiça possibilitassem um caminho inicialmente tímido que ganhou força com o passar do tempo através de ações e políticas públicas de fortalecimento e aproximação da sociedade. Porém, a falta de previsão de gestão participativa aos serventuários e o pouco diálogo com as Cortes Internacionais demonstram pontos importantes a serem fortalecidos futuramente.