É no infinito de uma linha de fuga que surge a guerreira: a máquina de fazer sangrar e o sujeito discursivo em sangria, de Luiza Romão

dc.contributor.advisorFernandes Júnior, Antônio
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9030434824436730
dc.contributor.authorMantovani, Amanda Soares
dc.contributor.referee1Fernandes Júnior, Antônio
dc.contributor.referee2Borges, Bruno Gonçalves
dc.contributor.referee3Braga, Amanda Batista
dc.creator.IDhttps://orcid.org/0000-0002-3379-3778
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/7180059131305687
dc.date.accessioned2025-02-03T17:51:42Z
dc.date.available2025-02-03T17:51:42Z
dc.date.issued2022-02-24
dc.description.abstractSangria, publicado en 2017 por la editora Selo do Burro, de autoría de la poeta y slammer brasileña Luiza Romão, es fruto de un proyecto que engloba poesía, performance, ensayo fotográfico y webserie de nombre homónimo. La obra, edición bilingüe en portugués y español, está dispuesta en formato calendario, siguiendo los 28 días del ciclo menstrual y, cada día, un slam-poema y una imagen delinea el ritmo y los pasajes de los períodos. Las fotografías, capturadas por Sérgio Silva, son tratadas en blanco y negro además de atravesadas por líneas rojas y accesorios metálicos, como cubiertos, tornillos, bisagras, cadenas, cruces, entre otros, cosidos a partes del cuerpo de Romão, o, a un cuerpo-mujer-colectivo. La estética y los artificios lingüísticos, como la sonoridad, el ritmo y las inversiones, juntos, cuentan y cantan la historia de Brasil y del cuerpo de las mujeres desde la perspectiva del útero (órgano más característico del constructo ‘ser mujer') invirtiendo las posiciones y abriendo espacios para otra(s) narrativa(s) que no la misma contada bajo la égida masculina y patriarcal. Y es tomando el libro-calendario como materialidad, soporte para enunciados posibles, que este estudio tuvo como objetivo central analizar discursivamente, a la luz de los pensamientos de Michel Foucault, la constitución de la mujer como sujeto discursivo tensionado y producido en medio de las relaciones de saber-poder. En gesto también analítico, propusimos la aproximación de conceptos como los de líneas, máquinas|agenciamientos y devenir-mujer, provenientes de la filosofía de Deleuze y Guattari. Para que fuera posible, optamos por seleccionar en un primer momento, 9 de los 28 poemas|"días", contemplando los 6 capítulos|"períodos" de la obra. Posteriormente, secuencias enunciativas fueron recortadas en consonancia con el desarrollo de los análisis emprendidos, movilizando nociones como las de enunciado, discurso, sujeto, dispositivo y agenciamiento; líneas de fuga y devenir. El camino que optamos por seguir fue pautado en la cartografía como estrategia-intervención de análisis, a partir de la arqueo-genealogía. Hemos visto, pues, que las mujeres, sujeto discursivo que emerge de la materialidad en cuestión, están constituidas tanto por haces capturantes dentro de las relaciones de saber-poder como por voluntades de potencia, por líneas de escape al paso que se abren a las experimentaciones y nuevos procesos de subjetivación. A la vez que, el devenir-mujer, que funciona como vector de fuerza poética en Sangria, es estrategia de resistencia y producción de la diferencia, agrietándose con espacios y categorías cristalizadas, pautados en el dualismo condicionante de género. Se trata de una máquina de hacer sangrar al instituido; máquina de muchas voces entrañadas en el cuerpo-mujer-colectivo y que enuncian otras formas de vida, cuyos engranajes forjados en el artivismo y en la decolonialidad potencian las posibilidades de subjetividades en procesos emancipatorios. Las mujeres en la posición de sujeto discursivo, irrumpen en medio de un orden discursivo que lee y canta la historia del presente [y del pasado] por un giro discontinuo, trayendo a la superficie un dominio de memoria que comprende a las mujeres, en su multiplicidad, y lugares de sujeto asignados al margen de la sociedad. Ocurre que Sangria no se vale solo de las denuncias, sino de la confrontación con acontecimientos olvidados por la narrativa única y del levantamiento, que necesita ser colectivo. Sangria es, también, una invitación a la lucha|"lútea".
dc.description.resumoSangría, publicado em 2017 pela editora Selo do Burro, de autoria da poeta e slammer brasileira Luiza Romão, é fruto de um projeto que engloba poesia, performance, ensaio fotográfico e websérie de nome homônimo. A obra, edição bilíngue em português e espanhol, é disposta em formato calendário, seguindo os 28 dias do ciclo menstrual e, a cada dia, um slam-poema e uma imagem delineiam o ritmo e as passagens dos períodos. As fotografias, capturadas por Sérgio Silva, são tratadas em preto e branco e atravessadas por linhas vermelhas e adereços metálicos, como talheres, parafusos, dobradiças, correntes, cruzes, entre outros, costurados a partes do corpo de Romão, ou, a um corpo-mulher-coletivo. A estética e os artifícios linguísticos, como a sonoridade, o ritmo e as inversões, juntos, contam e cantam a história do Brasil e do corpo das mulheres sob a perspectiva do útero (órgão mais característico do constructo ‘ser mulher’), invertendo as posições e abrindo espaços para outra(s) narrativa(s) que não a mesma contada sob a égide masculinista e patriarcal. E é tomando o livro-calendário como materialidade, suporte para enunciados possíveis, que este estudo teve como objetivo central analisar discursivamente, à luz dos pensamentos de Michel Foucault, a constituição da mulher enquanto sujeito discursivo tensionado e produzido em meio às relações de saber-poder. Em gesto também analítico, propusemos a aproximação de conceitos como os de linhas, máquinas/agenciamentos e devir-mulher, advindos da filosofia de Deleuze e Guattari. Para que fosse possível, optamos por selecionar em um primeiro momento, 9 dos 28 poemas/“dias”, contemplando os 6 capítulos/“períodos” da obra. Posteriormente, sequências enunciativas foram recortadas em batimento com o desenvolvimento das análises empreendidas, mobilizando noções como as de enunciado, discurso, sujeito, dispositivo e agenciamento; linhas de fuga e devir. O caminho que optamos por seguir foi pautado na cartografia enquanto estratégia- intervenção de análise, a partir da arqueogenealogia. Vimos, pois, que as mulheres, sujeito discursivo que emerge da materialidade em questão, são constituídas tanto por feixes capturantes dentro das relações de saber-poder quanto por vontades de potência, por linhas de fuga ao passo que se abrem às experimentações e novos processos de subjetivação. Por sua vez, o devir-mulher, que funciona como vetor de força poética em Sangría, é estratégia de resistência e produção da diferença, rachando com espaços e categorias cristalizadas, pautados no dualismo condicionante de gênero. Trata-se de uma máquina de fazer sangrar o instituído; máquina de muitas vozes entranhadas no corpo-mulher-coletivo e que enunciam outras formas de vida, cujas engrenagens forjadas no artivismo e na decolonialidade, potencializam as possibilidades de subjetividades em processos emancipatórios. As mulheres na posição de sujeito discursivo irrompem em meio a uma ordem discursiva que lê e canta a história do presente [e do passado] por uma guinada descontínua, trazendo à tona um domínio de memória que compreende as mulheres, em sua multiplicidade, e lugares de sujeito alocados à margem da sociedade. Ocorre que Sangría não se vale apenas das denúncias, mas do confronto com acontecimentos esquecidos pela narrativa única e do levante, que precisa ser coletivo. Sangría é, também, um convite para a luta|“lútea”.pt_BR
dc.description.sponsorshipFundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Catalãopt_BR
dc.publisher.departmentInstituto de Estudos da Linguagem (IEL)pt_BR
dc.publisher.initialsUFCATpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem - Mestrado (PPGEL)pt_BR
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 Internationalen
dc.subjectSujeito
dc.subjectMichel Foucault
dc.subjectDevir-mulher
dc.subjectGilles Deleuze
dc.subjectFélix Guattari
dc.subjectLuiza Romão
dc.subject.cnpq8.01.00.00-7 Lingüísticapt_BR
dc.titleÉ no infinito de uma linha de fuga que surge a guerreira: a máquina de fazer sangrar e o sujeito discursivo em sangria, de Luiza Romãopt_BR
dc.title.alternativeIt is at the infinity of a line of flight that the warrior emerges: the machine that makes people bleed and the discursive subject in bloodletting, by Luiza Romãoen
dc.typeDissertaçãopt_BR

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