O uso de ferramentas digitais durante o ensino emergencial remoto: uma análise do subsistema de atitude

Abstract

No ano de 2019, o mundo foi impactado por um novo vírus que rapidamente se espalhou, culminando em uma pandemia global. Esse evento teve repercussões em diversos setores, incluindo a educação. As secretarias de educação, escolas e professores foram surpreendidos com a transição para o ensino remoto e a necessidade de adotar uma variedade de ferramentas digitais, muitas das quais eram desconhecidas para muitos educadores. Diante desse cenário, esta pesquisa tem por objetivo compreender como os professores da Educação Básica, que atuam na cidade de Paragominas-PA, se posicionam em relação ao uso das ferramentas digitais durante e após o período de ensino emergencial remoto, no contexto da pandemia do Covid-19. Neste sentido, esta pesquisa aborda tanto questões pertinentes à formação continuada dos professores, devido à necessidade de adquirir novas competências e conhecimentos por meio de cursos e formações, em virtude do ensino remoto. Como também a interação entre educação e tecnologia, dada a relevância do uso da tecnologia durante o ensino remoto emergencial, buscando, então, compreender o impacto das ferramentas digitais na prática dos professores. Para tanto, foram realizadas entrevistas com dez professores atuantes na escola municipal de ensino fundamental Belarmina Fernandes, a partir de entrevistas semiestruturadas, posteriormente transcritas que constituem o corpus deste estudo. Foram realizadas análises quantitativas e qualitativas a partir do arcabouço teórico da Gramática Sistêmico-Funcional (Halliday; Matthiessen, 2014), dos sistemas de TRANSITIVIDADE e de AVALIATIVIDADE, com foco no subsistema de ATITUDE (Martin; White, 2005). Os resultados apontam que os professores enfrentaram dificuldades semelhantes durante a pandemia, independente da geração ao qual pertencem. Foi possível depreender que os professores: (1) reconhecem a importância da formação continuada para obtenção de novas habilidades; (2) mesmo reconhecendo a importância do uso da tecnologia na educação, não ou pouco a utilizam como o retorno ao ensino presencial; (3) as avaliações realizadas pelos professores foram mais do tipo julgamento e apreciação.