Desempenho do amido de sorgo como depressor na flotação catiônica reversa de minério de ferro

dc.contributor.advisor-co1Silva, Elenice Maria Schons
dc.contributor.advisor1Silva, André Carlos
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/2682532729839545
dc.contributor.authorMata, Carlos Eduardo Domingues da
dc.contributor.refereeSilva, André Carlos
dc.contributor.referee1Silva, André Carlos
dc.contributor.referee2Costa, Denilson da Silva
dc.contributor.referee3Sampaio, Carlos Hoffmann
dc.contributor.referee4Horta, Daniela Gomes
dc.contributor.referee5Machado, Luís Cláuzio de Rennó
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/1195261156618615
dc.date.accessioned2025-08-25T14:24:37Z
dc.date.issued2023-11-20
dc.description.abstractNo processo de flotação de minério de ferro a dependência de depressores à base de milho, sujeitos à competição com a indústria alimentícia, cria incertezas nos custos do processo. Por este fato, diversas fontes botânicas de amido alternativas vêm sendo estudadas para se avaliar sua aplicabilidade como depressor no processo de flotação de minérios. No presente estudo, foi investigado a utilização de depressores derivados do sorgo na flotação catiônica reversa de minério de ferro, através de ensaios em escala de bancada. Na caracterização do minério foi verificado que cerca de 64% do ferro estava concentrado em partículas menores que 38 μm. A predominância dos minerais hematita e quartzo foi identificada por meio de diversas técnicas, como difração de raios X e microscopia eletrônica de varredura. Foram observadas, via análise modal por MLA, outras espécies minerais, incluindo micas, gibbsita, argilominerais, óxidos de titânio, óxidos de manganês, barita, carbonatos, apatita e fosfatos secundários de alumínio. Cerca de 87,3% das partículas de hematita estavam completamente liberadas acima de 150 μm, aumentando para 98,5% em frações abaixo de 25 μm, indicando alto grau de liberação da hematita no minério. Em relação à caracterização dos depressores, o gritz de milho apresentou um teor de óleo (1,253 ± 0,113%) mais baixo do que a farinha de sorgo (2,780 ± 0,057%), devido ao processo de degerminação incluído na produção do gritz. Além disso, foi investigada a gelatinização do amido de sorgo em diferentes razões amido:NaOH. A gelatinização foi mais eficaz em proporções de amido:NaOH inferiores a 7,5:1. O planejamento dos ensaios de flotação foi dividido em cinco etapas. O tempo ótimo de flotação obtido na primeira etapa foi de 4 minutos. Esse tempo foi escolhido como ideal para conduzir as próximas fases dos ensaios de flotação. Na segunda etapa, foi observado que a substituição do gritz de milho pela farinha de sorgo não teve um impacto significativo nos resultados da flotação. Ambos os depressores geraram concentrados com teores de Fe em torno de 63% e recuperações de Fe de aproximadamente 83%. Essa equivalência de desempenho pode ser explicada por semelhanças nas propriedades entre o sorgo e o milho. O amido de sorgo apresentou um desempenho ainda mais favorável na flotação em comparação com sua farinha correspondente, produzindo concentrados com teores de Fe em torno de 65% e recuperações de Fe superiores a 90%. Na terceira etapa foi constatado que tanto a variação da dosagem dos depressores à base de sorgo quanto do pH da flotação foram significativas no desempenho do processo. A farinha promoveu melhores resultados com uma dosagem de 1700 g/tFe em pH 10,0, alcançando teores de Fe superiores a 64% e recuperações metalúrgicas na faixa de 93%. Na quarta etapa, na qual foi avaliado o efeito da razão amido:NaOH nos resultados da flotação, foi evidenciado que o excesso de NaOH prejudica o processo devido a possíveis efeitos de floculação e formação de clatratos. Os resultados mais satisfatórios foram obtidos com uma razão entre 5:1 e 10:1, sugerindo a possibilidade de reduzir a quantidade de NaOH no processo industrial sem prejudicar a qualidade do concentrado. Os resultados da flotação cleaner (última etapa) indicaram que a farinha de sorgo gelatinizada na proporção otimizada de 7,5:1 obteve um desempenho satisfatório, com concentrados contendo teores de Fe acima de 67%e recuperação de Fe em torno de 90%. Além disso, os ensaios cleaner comparativos entre o gritz de milho e a farinha de sorgo nas condições padrão não mostraram diferenças significativas. Ambos os depressores geraram concentrados com teores de Fe em torno de 67% e recuperações de Fe entre 88% e 90%. Portanto, os resultados obtidos ao longo do trabalho destacam que a farinha de sorgo pode ser uma alternativa tecnicamente eficaz como depressor na flotação catiônica reversa de minério de ferro.
dc.description.resumoIn the iron ore flotation process, the dependence on corn-based depressants, subject to competition with the food industry, creates uncertainties in costs. Because of this, various alternative botanical sources of starch have been studied to assess their applicability as depressants in the ore flotation process. In this study, the use of sorghum-derived depressants in the reverse cationic flotation of iron ore was investigated in bench-scale. In the ore characterization, it was found that about 64% of the iron was concentrated in particles smaller than 38 μm. The predominance of hematite and quartz minerals was identified through various techniques such as X-ray diffraction and scanning electron microscopy. Other mineral species, including micas, gibbsite, clay minerals, titanium oxides, manganese oxides, barite, carbonates, apatite, and secondary aluminum phosphates, were identified through MLA modal analysis. Approximately 87.3% of hematite particles were fully liberated above 150 μm, increasing to 98.5% in fractions below 25 μm, indicating a high degree of hematite liberation in the ore. Regarding depressant characterization, corn grits had a lower oil content (1.253 ± 0.113%) compared to sorghum flour (2.780 ± 0.057%), due to the degermination process included in grits production. Additionally, the gelatinization of sorghum starch at different starch:NaOH ratios was investigated. Gelatinization was most effective at starch:NaOH ratios below 7.5:1. The flotation test planning was divided into five stages. The optimal flotation time obtained in the first stage was 4 minutes, which was chosen as ideal for conducting the subsequent phases of the flotation tests. In the second stage, it was observed that replacing corn grits with sorghum flour had no significant impact on the flotation results. Both depressants produced concentrates with iron content around 63% and iron recoveries of approximately 83%. This performance equivalence can be explained by similarities in properties between sorghum and corn. Sorghum starch showed even more favorable performance in flotation compared to its corresponding flour, producing concentrates with iron content around 65% and iron recoveries exceeding 90%. In the third stage, it was found that both the variation in sorghum- based depressant dosage and flotation pH were significant in the process performance. Flour achieved better results with a dosage of 1700 g/tFe at pH 10.0, reaching iron content above 64% and Fe recoveries in the range of 93%. In the fourth stage, which evaluated the effect of the starch:NaOH ratio on flotation results, it was evident that excess NaOH negatively affected the process due to potential flocculation and clathrate formation effects. The most satisfactory results were obtained with a ratio between 5:1 and 10:1, suggesting the possibility of reducing the amount of NaOH in the process without compromising concentrate quality. The cleaner flotation results (final stage) indicated that gelatinized sorghum flour at the optimized ratio of 7.5:1 performed satisfactorily, with concentrates containing iron content above 67%, and iron recovery around 90%. Furthermore, comparative cleaner tests between corn grits and sorghum flour under standard conditions showed no significant differences. Both depressants generated concentrates with iron content around 67% and iron recoveries between 88% and 90%. Therefore, the results obtained throughout the study highlight that sorghum flour can be a technically effective alternative as a depressant in the reverse cationic flotation of iron ore.
dc.description.sponsorshipConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ)
dc.formatPdf
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufcat.edu.br/123456789/12116
dc.languagept
dc.publisherUniversidade Federal de Catalão
dc.publisher.countryBrasil
dc.publisher.departmentInstituto de Física (IF)
dc.publisher.initialsUFCAT
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências Exatas e Tecnológicas - Doutorado (PPGCET)
dc.rightshttp://purl.org/coar/access_right/c_abf2
dc.subjectMinério de ferro
dc.subjectFlotação
dc.subjectDepressor alternativo
dc.subjectAmido
dc.subjectSorgo
dc.titleDesempenho do amido de sorgo como depressor na flotação catiônica reversa de minério de ferro
dc.title.alternativePerformance of sorghum starch as a depressant in the reverse cationic flotation of iron ore
dc.typeTese

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