Impactos ambientais provenientes do transporte na avaliação do ciclo de vida (ACV) de tubulações em pvc e pex utilizadas na execução de sistemas prediais de Água Fria
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Universidade Federal de Catalão
Resumo
O setor de transportes e a construção civil são exemplos de ramos da economia que, ao mesmo tempo em que se expandem, aumentam suas participações nas emissões de gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera. Um artificio que pode contribuir com a melhoria desse panorama é a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), metodologia que evidencia os possíveis impactos ambientais de atividades e/ou produtos e serve de parâmetro para determinar pontos que podem contribuir com a sustentabilidade do processo em estudo. Porém, apesar de ser uma ferramenta eficiente, grande parte das ACVs tem ignorado as influências do transporte, ato que pode resultar em dados equivocados, principalmente em paises deficientes de infraestrutura e equidade tecnológica, como o Brasil. Ainda, é observada certa carência de ACVs para produtos de sistemas prediais, principalmente aquelas em que se compara um material com o outro. Nesse contexto, objetiva-se detectar qual a participação da logistica de distribuição na liberação de poluentes atmosféricos no ciclo de vida de tubulações em PVC e PEX, dois tipos de materiais que podem ser empregados na execução de sistemas prediais de água fria. Para tal será avaliado o transporte rodoviário entre as fábricas brasileiras existentes e cinco cidades estratégicas do país, cada qual em uma região, fazendo o uso das bases de dados Ecoinvent v3.5 e Industry Data v2.0 e software de modelagem OpenLCA. Foi diagnosticado que o transporte tem uma participação variada nos índices de emissões de poluentes dentro do ciclo de vida das tubulações, a depender de fatores como disponibilidade de infraestrutura e tecnologia para montagens de fábricas próxima são locais de consumo. O transporte de PEX na região norte atingiu mais de 75% das emissões de dióxido de carbono do ciclo de vida do material, enquanto que na região sudeste esse percentual não ultrapassou 3% para ambas as tubulações. Ainda foi identificado que as tubulações em PEX mantém uma conduta ambiental mais ecológica nos casos onde as distâncias de transporte para a logistica de distribuição são menores ou semelhantes às do PVC e este, por sua vez, só é menos poluente quando sua trajetória de locomoção se mostrou 76% inferior à do PEX.